sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Nada como a doçura de uma criança!



Hoje estava pensando nas minhas saudades, como gostava de ser criança.
Lembro da escola infantil que estudava, era tudo muito pobre e eu muitas vezes era a única criança a ir com roupa limpa, cabelo penteado. Mas eu era tão feliz, lembro do parque da gente correndo e dos menininhos que queriam me 'namorar'. Tinha um que era o líder, não me lembro o nome, era feinho que só vendo, mas não tão feinho quanto os irmãos gêmeos que me atazanavam. Minha melhor amiga a Renata era minha companheira pra tudo, brincávamos, nos defendíamos. Sabia que ela morava nas redondezas da escola lugar muito pobre e hoje minha mãe estava lembrando do dia em que cheguei em casa triste e abismada que a minha amiga não tinha uma boneca e eu quis por tudo dar a minha a ela. Então eu escolhi uma, minha mão lavou, arrumou e minha vizinha, e também professora, deu um jeitinho nas roupas e deixou ela bem linda. Eu não me lembro desse episódio, mas minha mãe disse que a menina ficou extremamente feliz com a boneca. E imagino como foi. A Renata era um amor de menina, doce, calma e um pouco bravinha. Penso a dor que ela sentia em ver um monte de crianças brincando de casinha, de ser mãe e ela não ter uma simples bonequinha pra fazer de filha. Deve ser horrível isso, principalmente pra mãe que não pode dar o minimo a filha de 4 ou 5 anos.
Ela também ficava com diversas roupas minhas, minha mãe mandava algumas coisas pra mãe dela e alguns anos depois de ter saído da escola ao retornar pra uma visita, acho que algum evento, a encontramos lá e adivinha, estava com uma roupa que tinha sido minha.
Acho que esse meu lado de querer ajudar os outros vem um pouco dessa época onde eu via pessoas necessitadas, amigas minhas que não tinha nem metade do que eu tinha  olha q eu não tinha condições pra muitas coisas. Lembro-me de outra escola que eu tive a melhor amiga de todos os tempos a Karina, (falarei dela em outro post) do tanto que queria ajudá-la, das balas que comprava e dividia tudo com ela, das vezes que não comprei lanche porque ela não ia aceitar metade e eu não queria vê- la passar vontade. 
E é isso que faço até hoje, o que me dói é que hoje recebo ingratidão as vezes, vejo como o ser humano pode ser cruel com quem lhe estende a mão. Já deixei de fazer coisas que gostaria para um amigo fazer, gastei o dinheiro que não tinha pra ajudar alguém, dormir no pior lugar pra deixar os outros confortáveis, entre outros. Essas são coisas simples que acho que todos deveriam fazer. Mas poder ajudar o próximo é o que mais me encanta, ajudar vidas, trazer alegrias, sorrisos, esperança ou uma simples ajudinha pra qualquer coisa.
Amo ser assim, poderia ser muito mais, eu sei, mas me esforço ao máximo pra fazer o melhor que posso.

Acho que por isso, também, que trabalho com crianças. São sinceras, se dão de coração e tem o sorriso mais gostoso de todo o mundo.
E eu fico com a pureza da  resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...


Só quero ser feliz.. ohh saudades da minha infância!!!

Abraços, 
Linhas do Infinito




"Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama." - Caio F Abreu

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