sábado, 15 de fevereiro de 2014

Aprendi a dançar a minha dança.



"Tem dias em que a gente só precisa de gente do nosso lado. De alguém que diga qualquer besteira, qualquer coisa boa, qualquer coisa que mova um riso, qualquer coisa que seja qualquer coisa, que seja bonito, que deixe um sopro leve no peito. Tem dias em que a gente só precisa de quem saiba limitar nossa loucura, de alguém que nos guie e nos dê um pouco de luz nos tempos maus. Também tem dias em que a gente não precisa de nada nem ninguém, mas a gente nunca quer. A gente nunca quer enfrentar a barra e o silêncio sozinho. Há aqueles dias em que a gente só precisa de um cafuné (ou de qualquer sentimento de verdade). A vida, em seus métodos, diz: calma.
De uns meses pra cá, aprendi coisas que considero muito importantes. Das que mais me marcaram, gosto de saber que aprendi a fechar os olhos e sentir. Fazer o que o corpo pede, colocar pra fora aquilo que vem de dentro. Abrir os ouvidos e a alma para a música que entra em mim e vem de mim. Aprendi a dançar a minha dança: danço a minha bagunça e - quando dá - a minha paz. Danço, principalmente, o que eu sinto. Nenhum molde além dos meus próprios. Apenas fecho os olhos e aguço os outros sentidos. Sinto - mais ainda! Sou e quero continuar sendo avesso. Descobri que sou maior do que muitos pensam, do que eu mesma pensava. Descobri que posso ser ainda maior! Aprendi que não posso desconfiar de mim: eu sou o meu pé no chão e minha cabeça nas nuvens. Porque é preciso que a gente primeiro acredite naquilo que quer transmitir: e eu acredito, sempre e cada vez mais, no amor, em suas diversas maneiras de nos tocar."

Texto retirado do blog: http://caixinhadelicada.blogspot.com.br/ de Valdeline Barros